Estou
de novo aqui
Pensando
nas coisas de sempre
Mas
hoje sinto ter algo a mais
Mesmo
sem saber o que é
Desculpe-me,
Tempo, pelas vezes que te perdi
Não
era a intenção, mas, de repente,
Acabei
descobrindo que se perde a paz
Quando
se tem algo que não se quer
Mas
é estranho lhe ver
Querer
lhe tocar mais forte
E
não poder...
Eu
nunca fui um cara de sorte
Deixei
de viver todas as minhas certezas
Para
viver uma única certeza: a incerteza
É
que ontem, Tempo, eu sonhei que te perdia
E,
minutos antes, passou um filme dentro de mim
Sobre
os momentos de dor e de alegria
E
uma voz dizendo: - “Enfim, o teu fim”
E
eu, que escrevo muito melhor que falo
Que
já joguei fora tudo o que havia de mais raro
Que
vivi na escuridão enquanto ainda era dia
Eu,
que vi o clarão ao deitar no travesseiro
Que
não sabia aceitar não ser o primeiro
Não
consegui suportar o amor que me cabia...
Perdoa,
Tempo, por esses dias sofridos
Eu
te escrevo, agora, por não conseguir mais gritar
Apesar
de tudo, apesar de ainda errar
Eu
queria te fazer um pedido:
Por
favor, Tempo, mostre-me que não foi tempo perdido.
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