Teus olhos vermelhos
De maconha ou de choro
E a tua pele tão clara
Contrastando com a escuridão
Do teu interior
Tua cara encarando o espelho
Um pedido desesperado de socorro
Uma alma tão rara
Compartilhando a solidão
Apenas com teu rancor
E havias entrado nesse mundo
Apenas para esperar o dia
Que a gente demonstraria
Todo o amor que sente
Com a mesma facilidade
Que expressa o odiar
Mas, nem que seja por um segundo,
Quando o amor nos faz doer
É uma justificativa pra esquecer
E se percebe a falta de um corpo quente
Nesses dias de chuva e saudade...
... pois é, pequena, a gente não soube se
entregar.
Eu também me encarei no espelho
E a minha alma, antes tão rara,
Percebe pelas cicatrizes na minha cara
Que são as drogas e o choro...
... quem constituem o vermelho do meu olho.