O mundo nos amaldiçoou a conviver
Um com o outro, mesmo de longe
Mesmo que seja pela batida do coração.
O mundo, que nos viu crescer,
Nos deu, é verdade, outras chances
Mas corremos atrás da mesma paixão.
O mundo colocou frente a frente
Tudo o que havia de mais diferente:
A alma com frieza de um ateu
E a alma esperançosa, como crente.
E deixamos passar os nossos dias
Sem saída, refúgio ou vacina
E, se não sabes o que aconteceu,
Eu te escrevo sem melodias.
Não quero deixar para outro dia
Não quero fugir sem a tua presença
Nem apagar a nossa timidez.
Eu quero tu, e apenas tu, guria
E, ao temer o que tu pensas,
Parece que é a primeira vez.
O mundo colocou a minha sinceridade
A nossa, às vezes viva, saudade
E a tua, sem perceber, carência
Como as nossas necessidades.
Deixemos, então, a vida discorrer
Sobre os capítulos que irão ocorrer
Fica, eu sei, na tua consciência
Tudo o que eu ouso escrever.
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