Lutando contra o frio e a chuva,
Eu finalmente chego em casa
Já percebendo que sobrou nada
E nem sei de quem foi a culpa.
Apenas um prato na mesa
E ninguém para acordar na cama
Parece que, quanto mais se ama,
Menos se tem certeza.
As minhas roupas ainda por lavar
E os cigarros que eu deixei no chão
Assistem quietos a minha solidão
Que não tem hora pra acabar.
Nenhuma cerveja no congelador
Ninguém para me cobrar horários
Apenas uma voz dizendo: "Otário"
Pelo som que sai da minha dor
Palavras, como arma, é o que tenho para usar
E a música mais triste é o meu escudo
Mas eu estou tão no escuro
Que não há ninguém para eu poder atirar.
Apenas eu...
E, de tanto errar,
De tanto amar
Deixo-te somente este adeus...
Como forma de te fazer lembrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário