Chegou o dia, finalmente,
Pra, sem mais temer,
Desacreditar na gente,
Desapegar e desaparecer.
E a agonia, de repente,
Passou e soube esclarecer:
Até ela queria um corpo quente
E partiu sem mais nada dizer.
Mas ficou algo subentendido
Escrito no sorriso falso que deixou
Foi como encontrar um velho amigo
Que, de tão velho, nada sobrou:
Sempre alguém faz o sacrifício
De ficar com o resquício do que se foi
E, geralmente, desses vícios
A gente se arrepende... depois.
E sempre tem quem esquece tudo
Redescobre o mundo e tudo bem
Esses já sabem o quanto é absurdo
Tentar amar... alguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário