quarta-feira, 5 de março de 2014

Coração de Pedra

Eles parecem não se importar
Mas o que está por trás da pele
Não é a tranquilidade que aparentam ter
Quando estão com a família ou os amigos

Eles parecem não acreditar
Mas, se pudessem, fariam uma greve
De, por dentro, sentir e sofrer
E jamais encontrar abrigo

O amor de dentro do peito
Daqueles que têm coração de pedra
É forte e alto, muito alto
Mas quando acontece a queda...

Não tem quem conforte
Nem as marcas do sangue vermelho
Que pintam as paredes do quarto
Parecem trazer sorte

E aqueles que parecem fortes
Choram em frente ao espelho
Afogados no travesseiro
Ou na frente de um retrato...

... qualquer coisa que lembre
do amor que há dentro do peito
o amor que sempre vai ser fundo
e jamais será rasteiro

Eles demoram pra compreender
E acho que nunca aprenderam a esquecer
A serenidade e a tranquilidade exterior
Confundem-se com o inferno interno
Um tal de mal do amor...

O mundo e a sobriedade dos feitos
Não são os mesmos que aparentam ter
Eles nem são os mesmos que aparentam ser

A saudade de dentro do peito
Daqueles que têm as marcas da guerra
Não é qualquer um que enterra

O amor de dentro do peito
Daqueles que têm coração de pedra
Não é qualquer vento...
... que leva.