quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Morte

A morte soa forte,
Mas é maior fraqueza
Da nossa gente.
Ela apaga os toques,
Desfaz as gentilezas
A gente não aprende.

Não há um tempo
Para transformar a morte
Em aprendizado.
Não há um momento,
Não há azar ou sorte,
Existe apenas o passado.

Fica só na memória
De quem segue vivo
Por tempo sem definição.
Não existe glória,
Muito menos abrigo,
Não existe coração.

Eu me preocupo, sim,
Sou pessimista e fraco
Coleciono feridas.
É mais ou menos assim,
Apanho e também bato
Aproximo a morte da vida.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sem Querer Voltar

Se antes eu me sentia preso ao teu lado,
Hoje estou preso a um passado
Que o tempo não nos deixou completar.

Para te esquecer, uso de soluções não saudáveis
E abuso de pessoas não agradáveis
Mas isso, mesmo assim, só me faz lembrar.

Eu só aprendi a dar valor depois que perdi
Eu só aprendi a viver depois que eu morri.

Queria uma chance para recomeçar
Ou aprender, enfim, a me despedir
Sem querer voltar
Sem precisar fugir.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Desapego

Eu quero dar um soco no meu patrão
E, enfim, deixar de ser escravo.

Ele me fala: "Trabalho é dinheiro"
Mas sou eu que trabalho
E não vejo nem a cor da nota.

Ele me fala: "Sofra primeiro"
Mas sempre sou eu que ralo
E a grana aqui nunca brota.

Eu quero assassinar o meu patrão
E, enfim, deixar este emprego
Consegui acostumar o coração
Com o meu sincero desapego.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Eu Lhe Apresento Todo o Nosso Império.

Esconda com sorrisos aquilo que foi precipitado
E que as boas intenções estejam ao teu lado
Ninguém pode julgar alguém pelos seus atos
Pois todos nós temos pés de barro.

A responsabilidade trará o que falta do amadurecimento
E, de tijolo em tijolo, formarás o teu castelo
Com o maior tipo de amor que existe no planeta:
O amor que vem de mãe para filho.

Muitos apontarão o dedo na tua cara, tu sabes bem,
Mas não dê bola, a hora chega para todos
O mundo dá voltas, mas não dê bola:
Quem tu precisas, vai estar sempre contigo.

No Natal do ano que vem estará outro alguém
Que terá o mesmo amor que a tua mãe te deu
E não importa se foi muito cedo, ou o que aconteceu,
Importante é que vocês consigam viver bem.

Serão tempos de agonia e preocupação
Com o futuro que as vidas tomarão
Se o orgulho não falar mais alto que o coração,
Terás, com certeza, uma linda história para contar.

Mas, se alguma vez o dia escurecer,
Se um dia a chuva cair pesada,
Saiba que sempre há alguém a te guiar
Há sempre alguém para te iluminar.

Saiba que nada nesta vida é em vão.

E, se precisares de uma ajuda,
Eu lhe apresento todo o nosso império.

sábado, 24 de dezembro de 2011

24 de Dezembro

Foi numa destas vésperas de Natal,
Aqui no pátio da minha casa,
Que eu comecei esta história
De desabafar sobre o que me faz mal.

Eu era guri, tinha meus 15 anos,
De lá pra cá, mudei todos os planos
Inclusive o de aquela letra
Ser a única que eu escreveria.

Eu amava muitas outras pessoas
E não conhecia muita gente
Que hoje parece ser insubstituível
Nesta minha pequena e bela vida.

Mas, com o tempo, recebi o aprendizado
Das experiências que a vida me trouxe
Amei e fui amado, odiei e fui odiado,
Orgulho-me da vida que estou vivendo.

Não sei onde esta história vai parar
Vou deixar que os dias tragam a certeza
Que cada momento vai ser eternizado
Para que possamos comemorar sempre.

Eu ainda sou guri, tenho meus 17 anos,
Daqui pro futuro, tenho meus planos
Mas não tenho medo de mudá-los
Agradeço a quem corre ao meu lado.

Foi numa destas vésperas de Natal,
Aqui no pátio da minha casa,
Que eu aprendi a importância das palavras.

Elas não servem só para desabafar sobre o que me faz mal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Manchete

Já são mais de dezessete anos
Convivendo, neste planeta injusto,
Junto aos imperfeitos e incompletos,
Todos iguais a mim, lutando
Por uma vida menos sacrificante.

E nós vivemos errantes
E viveremos até a nossa hora chegar
Agradeço aos que venceram comigo
E aprendi a ser um homem mais forte
Em cada uma das minhas derrotas.

Não tenho mais saída,
Não tenho nem solução.

Posso andar distraído nas ruas,
Posso abrigar-me nos jornais,
A manchete sempre será a mesma
Em qualquer uma das capitais.

Não tenho mais feridas,
Não tenho nem coração.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Alucinação

Não sei se vales o que penso,
Não sei se vales o que comes
Mas eu nem ligo para o preço
Eu só quero, antes do começo,
Saber qual é o teu nome.

Não sei se valho o que digo
Não sei se o que digo é verdade
Pro pensamento alheio não ligo
Eu já andei correndo perigo
Nadando num mar de saudade.

Mas amanhã é segunda-feira
E a rotina segue igual
Seja com trabalho,
Ou recesso para o carnaval
E eu passo a noite inteira
Ganhando o meu dinheiro
Jogando, com meu baralho,
Nas regras que só eu conheço.

Não sei se vives como penso,
Não sei se pensas como viver
Querias não estar suspensa
Num mundo que te deixa tensa
Onde só trabalhas pra sobreviver.

Não sei se eu sou um herói
Não sei se sou um vilão
Aprendi que, o que se constrói,
Se não cuidar, corrói
E muda toda a situação.

Mas chega desta alucinação
Para a pouca droga que temos
Aprenda a se conformar
Com o mundo e seus erros
Tira a tua própria conclusão
Do futuro que deixa de acontecer
Quando tu olhas para trás
E, em vão, tenta esquecer.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mil Mulheres

Deixei todo o meu orgulho de lado
Cicatrizei, precocemente, as feridas
Contando os dias para estar aqui.

Eu, que cuspi todo o meu passado,
Queimei na fogueira as traições da vida
Estou contando os dias para fugir.

(Eu sempre sonhei com um pouco mais)

Eu só espero, de coração, meu bem,
Que a tua ficha caia sem demora
Para que tu não sofras, como eu sofro agora.

Depois, reza pra qualquer santo do além,
Enfraqueça, chore o quanto quiseres
Te trocarei por outras mil mulheres.

(E tua lembrança não tirará minha paz.)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Tua Cicatriz

Conheço muito crente que
Nunca colocou o joelho no chão
Conheço muita gente que
Vive feliz sem ter religião.

E assim a gente aprende
Que, se há algo bom no coração,
Não importa a nossa crença
E sim a nossa intenção.

Vocês, que levam pra doença
Quem viveu na maldição,
Aprenderão que a fé
Não significa a salvação.

Eu posso andar a pé
E sem sapatos até a bifurcação
Vou com quem pensa em todos
Não quem ora, mas quem pede perdão.

Me apedrejarão e me tacarão fogo
Mas já tenho a minha mente salva
Eu sou a fé das palavras que profiro
E o resto, pra mim, não faz falta.

Podem me matar, assassinar minha emoção,
Podem ocultar o que há no meu coração
Podem manipular todos com a globalização.

Mas nunca deixe de cantar para os mortos
Nunca deixe de respeitar os opostos
Nunca reze sem fé ou paixão,
Nunca despreze o que te faz feliz.

Sou o que sou e me contento
Nasci para estar no coração dos outros
Mas nunca tive a intenção
De ser a tua cicatriz.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Depois de Nascer

Peço desculpas pelas culpas que te coloquei
Conheci um mundo diferente do que encontrei
Pois, depois de nascer, comecei a caminhar com ajuda
E hoje eu sinto que o tempo traz a independência.

(Precocemente, no meu caso.)

Eu passei por barreiras que não quis passar
E levei muito tempo para conseguir me adaptar
Percebo que, muitas vezes, a gente muda
Mas o importante é valorizar a nossa essência.

(Aquilo que nos faz acreditar)

Bom, enxugo as lágrimas para esta nova estação
Abro as portas para um novo e promissor verão
Gosto de todos os meus defeitos e qualidades
Eu pretendo deixar a cidade, morar no campo

(Mas visitar meus amigos urbanos)

Eu tenho duas almas no mesmo coração
Milhões de sentimentos e duas pessoas dentro de mim
Escrevo versos como um estrangeiro emotivo
Mas também como um gaúcho persuasivo.

(¡Hola!, Aguirre; olá, Marcel)

Eu aprendi que realmente bonito é aquilo
Que enxergamos não com os olhos, mas com o coração.

Tenho dois amores dentro de mim
(Aguirre ama o amor de Donatella)
Não sei a quem satisfazer
(Marcel ama o amor de Cinderela)

Parênteses são, geralmente, complemento de informação
Aqui, talvez, seja a minha preocupação
Eu nasci para sorrir e para sonhar
E, de certa forma, alço os voos do pensamento

(Mantendo os meus pés no chão.)

Peço a Sua Colaboração

Erga as mãos para o céu
É a nossa salvação, Deus,
É a paz na terra da solidão
E o caos em cada coração.

Erga as mãos para o céu
É a nossa bifurcação, ateus,
O fim desta escravização
Que o nome do senhor traz.

É que eu peco mais que acerto
E eu confesso toda a vez
Para o meu espelho quebrado,
Só eu e a minha insensatez.

Erga as mãos para o céu
O acaso chega e dá adeus,
Eu prego a paz no coração
E ando armando confusão.

Erga as mãos para o céu,
Veja que o mundo não é teu
Acredito na nossa salvação
E peço a Deus, crentes e ateus...

Proteção

Essa é a palavra dos nossos dias
Salvar almas em agonia
Crentes ou não
De bom ou mau coração.

Deus, crentes e ateus,
Peço salvação.

Quero um mundo sem rótulos
Sem hipócritas e sem saudade
Quero um pouco mais de verdade
E com menos desgraça.

Deus, crentes e ateus,
Peço salvação.

Por um mundo mais verde
Com menos guerra e confusão
Com menos fome e menos sede
E um pouco mais de afeição...

Deus, crentes e ateus, adeus...
Peço a ressurreição.
Peço a união.

Peço a sua colaboração.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Meu Apartamento

Moro em um apartamento pequeno
Comprado com muito suor,
Parcelado pelo antigo dono
Com dó de quem tem pouco dinheiro.

Mas por aqui eu fiquei sabendo
Que iremos viver algo melhor
Aprendi a descartar meus erros
E a fazer alegria em gestos pequenos.

O meu apartamento, maltratado pelo tempo,
Fica bonito em um só momento:
Quando tu vens aqui para dentro.

E me mostra que o que é feito de cimento
Não vale nada em qualquer momento,
Se compararmos com o que há no peito.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Crescente Decrescente - Retrato da Gente

Amor e dor.

Verde, sede e rede.

Boné, fé e cafuné, né?

Atitude, juventude, altitude e saúde.

Sabedoria, alegria, simpatia e trilogia.

Inteligente, acidente, crescente e presente.

Chão, algodão, saudação, emoção e coração.

Um passo, dois laços, mil abraços e teus traços.

Coração, emoção, saudação, algodão e chão.

Presente, decrescente, acidente, inteligente.

Trilogia, simpatia, alegria e sabedoria.

Saúde, altitude, juventude e atitude.

Né, cafuné, fé e boné?

Rede, sede e verde.

Dor e amor.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Redenção

É tempo que vemos passar rápido demais
Sob um céu que castiga e alivia
Que nos vê pecar, mas também sonhar
É a vida: simples e objetiva.

Eu tracei muitas metas nestes anos
Frustrei e orgulhei muitas pessoas
Sou uma mistura de sorte e azar
Que jamais deixará de lutar.

Eu já vi desafinarem vozes
E mal condutores de violões
Mas nunca vi, em lugar algum,
Sinceridade absoluta em canções.

Vivo como se fosse pela janela
Cercado por paredes e grades
Que não deixam o pensamento voar
E muito menos a alma respirar.

É tempo que deixamos de aproveitar
Sentimentos que negamos em vão
Somos o que aprendemos no nosso lar
Uns com mais sorte, outro com mais azar.

Só que a vida pode deixar de existir
Em qualquer dia sem algum proveito
Ponho um sorriso no rosto, sim,
É só um esboço, mas é de verdade.

Eu já desafinei a minha voz
E nunca soube conduzir um violão
Mas nunca vi, nas partes do coração,
Sentimento maior que a amizade.

Vivo como se fosse pela porta
Que eu insisto em deixar fechada
A chance chega aos preparados
Os maus momentos ficam no passado.

Chegou a hora de recomeçar.

Ela

Eu não queria ter que me esconder
Nem deixar de estar contigo
Apenas por algo normal,
Que não faz mais sentido.

É que, meu amor, não existe passado
Não existe qualquer argumento
Que me faça aprovar a ideia
De te perder por qualquer momento.

Mas talvez não saibas
Que eu trocaria o meu nome,
O meu endereço e a minha vida,
Apenas pelo teu amor.

Apenas para estar contigo,
Nos bons ou maus momentos
Para, sempre que eu precisar,
Me abrigar nos teus sorrisos.

Eu, que deixei de acreditar
Que o destino pudesse nos juntar,
Quero dizer que, apesar de tudo,
Eu sempre te quero um pouco mais.

Vejo o céu, aqui da minha janela
Queria rimar o teu nome neste verso
Mas, infelizmente, eu não posso
Vou te citar apenas como "ela"

E talvez ela não saiba
Que eu trocaria o meu nome,
Daria minha saúde e juventude,
Apenas para tê-la por perto.

Eu, que nunca fui muito correto,
Encontro nela um aprendizado
A cura para o meu passado
Acho, mesmo, que eu a amo.

Acho, mesmo, que te amo.

Cinderela.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vão Na Fé

Vão lá, meus queridos,
Com seus movimentos separatistas
Com os seus gestos egoístas
Sejam felizes.

Vão lá, meus amigos,
Com suas novas tecnologias
Pessoas que te dão alegrias
Eu curo minhas cicatrizes.

Eu tenho a quem pedir ajuda.

Quando não precisamos mais
Eu sei que a gente muda
Vocês mudaram.

E nem lhes ponho a culpa
Sempre será assim
Mas deixo com vocês.

A tal da melhor parte de mim.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Guerra Sempre Continua

A gente só se valoriza quando vê
Alguém pior que a gente ao lado
Quando vemos alguém numa roubada maior.

Aí eu me pergunto, senhores:
Qual seria a graça de uma sociedade justa?

Se todo mundo vivesse igual,
Ninguém seria vencedor ou perdedor,
Não haveria guerra nem alegria.

Aí eu me pergunto, senhores:
Qual seria a graça de uma sociedade justa?

A gente já fez duas guerras mundiais,
Estamos loucos por uma terceira,
E todas as lutas são pela "busca da paz"

Quando a paz, enfim, chegar
Não saia de casa, perderá a graça
Pois não teremos a quem se comparar.

Aí vocês saberão, meus senhores,
Que não adianta viver numa sociedade justa

(A guerra sempre continua)

Eu só tenho saudade dos bons momentos
Que eu tive com quem, hoje, me faz mal
E, se consideram algo anormal, lhes pergunto:

Qual seria a graça, se meu coração fosse justo?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Junto Das Almas Mortas

Falta luz na minha cidade,
Falta luz em todo o lugar
Falta luz dentro dos corações
E não há alguém para iluminar.

Chego em casa arrebentado
Da surra que levei do passado
Que não me deixa continuar
Que não me deixa respirar.

Os trocados caem do meu bolso
E nem me esforço para pegá-los
As máscaras também caíram nesta noite
A solidão é melhor que a má companhia.

Dos antigos sorrisos há só o esboço
E nenhuma palavra a declarar
As novas faces das mesmas pessoas
Tiram minha paz, me trazem agonia.

Eu não conheço a salvação
E mal sinto o coração pulsar
As ruas seguem obscuras
Por onde eu preciso passar

E me agarro a qualquer promessa
A qualquer demônio que me traga amor
É que eu sempre amei o pecado
E não há, na verdade, algo errado.

(Eu só quero fazer-te sentir minha dor)

Falta luz em casa,
Falta luz na cidade,
Também falta no planeta,
Falta luz no coração.

Eu não escondo os problemas
Através de uma religião
Eu quero é sangue nos olhos
Eu quero gritos e escuridão.

Eu, que suguei teu sangue venenoso,
Me encontrei, junto das almas mortas,
De novo.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Nós Somos Idiotas

Conheci o meu amor no verão
E, por força do destino,
Na mesma estação o reencontrei.

Passei um ano vivendo em vão
Amando e me despedindo,
Estou aqui outra vez, mas não sei

O quanto de verdade tem nesta mentira.

Os minutos passam como horas
E eu tenho milhares de memórias
Que atravessam a linha sonho/realidade.

Eu queria saber como fazer agora
Pois, de casa, estou indo embora
Só para matar um pouco da nossa saudade.

O quanto de seriedade existe nas tuas ironias?

sábado, 10 de dezembro de 2011

Boa Sorte

Eu te vejo de longe
E só às vezes me encorajo
De falar contigo.
Eu digo: "Boa sorte"

Mas eu quero ser a tua sorte.

E quando me solto
Pelo menos um pouquinho
Tu vais embora.
E eu digo: "Te cuida"

Mas eu quero te cuidar.

E fico imaginando
Se também pensas em mim
Quando deito na cama.
Eu digo: "Ilumina o caminho dela"

Mas eu quero iluminar o teu caminho.

E acordo em outro dia
Pensando se tens a mesma alegria
Que a minha ao te ver...

E, caindo numa rotina,
Te vejo de longe e, às vezes,
Vou falar contigo.
Eu digo: "Boa sorte"

Mas eu quero ter a sorte de ser a tua sorte.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Chinelo - Canto Gravataiense

Não me perguntes onde fica Gravatão
Pra não correr o risco de vir pra cá
A cidade que cheira à confusão
Da prefeitura à classe popular.

Pra quem vem da Alvorada escoltado
Ou quem vem da Cachoeirinha de busão
Tem certeza que pegou o lado errado
Ao ver o Cerâmica no Vieirão.

Ouça os gritos que ecoam lá do snk
Da galera que só pensa no acordar
Abraçados a cervejas e a beck's
Esperando a segunda-feira chegar.

E na hora derradeira que apareça
A guarda municipal pra revistar
Logo digo que eu estudei no Gensa
E eles vão pegar alguém do Barbosa

E nos olhos vou levar o encantamento
De quem viu o Carrefour se levantar
E no Mc, que chegou há pouco tempo,
Faço aqueces para outro Mistura

Ouça os gritos que ecoam lá do snk
Da galera que só pensa no acordar
Abraçados a cervejas e a beck's
Esperando a segunda-feira chegar.

Aguirre e Romeo.

Um Passo

Nossa história já teve intervalos de mais
E nós percorremos caminhos diferentes
Mas chegamos aqui, no mesmo lugar,
Temos a chance de mudar o que passou.

Eu já enterrei e ressuscitei a minha paz
Tantas vezes, que só deixo saliente
A minha voz, pra que possas me reencontrar
E, finalmente, acabar o que nem começou.

Deixarei de lado as promessas,
Pois meus olhos me entregam ao te ver.

Quero o teu sorriso mais bonito,
Uma cama bem pequena
E tu, ao meu lado, para me socorrer.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Nós Podemos Costurar

Eu posso, meu amor, costurar
Qualquer que seja o tecido
E quero enxergar, outra vez,
A cura nos teus sorrisos.

Voltar a acreditar no amor,
Que tanto me fez crescer,
Que mudou a minha vida.

Não há tempo que volte
Nem história que se repita
Mas julgo-te a única capaz
De reorganizar a minha vida.

Voltar a acreditar no amor,
Que tanto me fez crescer

Já prometemos: não cumprimos
Quero teu cheiro de novo
E também teus olhos claros

Voltar a acreditar no amor

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sinceridade

A quem ficou eu agradeço
E quem me deixou não esqueço
Vivo assim, sem rancor,
Apreciando os novos dias.

Para cada nova decepção
Um amigo de bom coração
Vivo assim, paz e amor,
Dando e recebendo alegrias.

Que o futuro seja tão generoso quanto o presente.

Amigo, já são dezessete anos
E algumas centenas de planos
Muitas dúvidas e só uma certeza:
Tenho tudo o que eu preciso.

Sigo sempre com grandes ideias
Como um recém formado sociólogo
Estou estudando as matérias
Que tragam-me a sabedoria logo.

Que o futuro seja tão generoso quanto o presente.

Deixo para quem amo
O meu sorriso mais bonito
A minha dança mais louca
E o meu abraço mais apertado.

A mentira até te toma um tempo
Mas é a verdade que move a vida
Um dia as máscaras caem
E descobrimos onde há saída.

Que o futuro seja tão generoso quanto o presente.

Acredito que eu tenha descoberto
As pessoas que me fazer acreditar
Em um mundo cada vez melhor.
Mas sigo de coração aberto,
Mesmo sendo difícil acreditar
Que há tanto espaço para um coração só.

Deixo pra vocês o meu sorriso mais bonito,
A minha dança mais louca
E o meu abraço mais apertado.
Deixo pra vocês toda a minha sinceridade
Toda a minha saudade do tempo que ficou
Mas que sempre será lembrado.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pra Vocês 2.0

Não há dinheiro que compre
Nem palavras que possam dizer
Toda a felicidade que sinto
Quando estou com vocês

Meus dias não são completos
Longe daquilo que é minha essência
Daquilo que mais me faz feliz:
Vocês.

Vocês são a razão da minha vida
São a minha única saída
Pra quando acontece algo ruim.
Vocês, que não nasceram da mesma barriga,
Tornaram-se meus irmãos
E quero levá-los pro resto da vida.

Não há sorriso que mostre
Todo o meu sentimento por vocês
Nem alguma coisa para explicar
O amor a gente não entende, só sente.

Só peço pra que fiquem comigo
Para quando eu precisar de abrigo
Só peço pra que vivam comigo
Para sermos, sempre, grandes amigos.

Vocês são a razão da minha vida
São a minha única saída
Pra quando acontece algo ruim.
Vocês, que não nasceram da mesma barriga,
Tornaram-se meus irmãos
E quero levá-los pro resto da vida.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Outro Sinal?

O sol já aparece tímido no céu
E eu estou chegando à minha casa
Com bebidas além da conta
E uma sede de curiosidade.

Os pássaros começam a cantar
E se assustam com meus passos
Me perdi, hoje, em mil abraços
Mas não consegui te encontrar.

Recebi uma flor
Que não demonstra algo,
Mas que me faz acreditar
Um pouco mais no amor.

Me prendi, senhor,
Estando ao teu lado
Posso até estar acordado
Mas minha alma quer descansar.

O barulho dos automóveis chega
A cidade está acordando
Para um domingo comum,
Ou não tão comum assim.

E percebo a morte ultrapassando
O limite entre o bem e o mal
Talvez seja o nosso fim
Ou apenas outro sinal.

Adquiri outra dor
Nos sorrisos que encontrei
E outra pessoa vai embora
Sem que haja despedida.

E nasci para sofrer
Sabendo ou não o que eu sei
Estou pensando, meu bem,
Em parar de escrever.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Exatidão

"De quem tu gostas?"

"Da Fulana."

"E, então, por que não chegas nela?"

"Pelo mesmo motivo que a mãe não alimenta o filho que nasce morto."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Palavras Erradas

Sou alguém procurando afirmação
Num mundo onde não me acostumei
Destinado a costurar meu coração
Das feridas por onde passei.

Preciso, logo, de uma bifurcação
Que não vi nas milhas que andei
Estou perdido, sem fé ou paixão
Mas aceitei, enfim, que não sou rei.

Eu tenho uma porção de sonhos
E pequenas oportunidades
Que eu deixo de aproveitar.
Sou como palavras erradas:
Alguns apagam, outros não entendem
E muitos nem percebem.

Sigo uma reta sem saber a direção
Longe da terra em que me criei
Não aprendi a segurar a emoção
E, quando olhei para trás, chorei.

Já conheço as regras e faz um tempão
Que deitei no chão e descansei
Quando, na vida, tu encontras a canção
Essa se torna teu lema, tua lei.

Eu tenho uma porção de sonhos
E pequenas oportunidades
Que eu deixo de aproveitar.
Sou como palavras erradas:
Alguns apagam, outros não entendem
E muitos nem percebem.

Primeiro de Dezembro

"Porque sim, obrigada por tudo"

E eu, infelizmente,
Não pude entender.

A partir de hoje,
Primeiro de dezembro,
Eu apenas lembro.

A vida real chegou
Só o tempo poderá falar
Sobre a minha adaptação.

Eu só queria saber o porquê
De ser comigo.

Eu que nada fui pra ela,
Que nada sou para ninguém,
Eu que apenas a amo,
Que nem me encorajo de agir.

Por que eu,
Se apenas te escrevo,
Se apenas te quero bem?
Eu não sou o suficiente.

Por que, ó Deus,
Ela é tudo pra mim?
Se nunca conversamos
Poucas vezes nos olhamos...

A partir de hoje,
Primeiro de dezembro,
Começa outra vida.

Com muitos obstáculos,
Muita escuridão
E nenhuma saída.

Que o amor cicatrize as feridas.