quinta-feira, 31 de julho de 2014

Estrada

Sempre dei murro
Em ponta de faca
E nunca achei que assim
Eu poderia um dia me dar bem...
... e realmente eu nunca me dei.

Sempre temi o futuro
Nunca tive meu conto de fadas
Dei o sangue e o suor até o fim
E realmente nunca pensei...
... que poderia me dar bem.

Eu me queimei quando tentei reacender
O fogo que por tanto tempo me aqueceu
E que já havia virado apenas uma brasa

Sempre sorri pra pessoa errada
E sempre olhei com outros olhos
Pra quem não me enxergava
Sempre procurei as respostas
Das perguntas erradas

Acreditei que assim poderia sobreviver
Mas eu nunca soube o que aconteceu
Desde que me tornei página virada

Sempre caminhei pelas ruas erradas
Nunca tive sucesso na minha estrada
E olha que eu nunca reclamei
Mas eu matava a sede com águas passadas
Sabia que eu não iria dar em nada...

... e realmente eu nunca dei.