sábado, 28 de abril de 2012

Deixa A Gente Entrar Nos Teus Ouvidos

Segura a minha mão
Só mais uma vez, por favor,
E mostra que o amor
Nunca se acabará.

Mostre a esta multidão
Que há saída, sim,
Que há de morrer em paz, no fim,
E que, até lá, já clareará.

Porque eles seguem entoando
Tantos cantos que eu nunca conheci
Eles seguem gritando pra todos,
Até pra quem não quer ouvir:

“Deixa a gente entrar nos teus ouvidos
Deixa a gente te fazer mais feliz
Deixa a gente mostrar que há sentido
Que há a cura em toda cicatriz.”

Me abraça mais forte
Sobe a escada da vida comigo
Me mostra a trilha,
O caminho mais bonito.

Eu já dei muita sorte
Em ter te conhecido
Mas será completa a minha vida
Só quando eu estiver contigo.

Vamos lá entoar cantos
Que muitos nunca ouviram
A gente segue gritando pra todos,
Até para os que já nos agrediram:

“Deixa a gente entrar nos teus ouvidos
Deixa a paz nos encontrar
Porque não faz mais sentido
Viver uma vida para matar.”

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cópia Fielmente Contrária

"Faz parte", foi só o que pode dizer
Quem, a partir de então,
Não faz mais parte
Da minha pequena solidão.

E, na verdade, foi fácil lhe esquecer
Difícil será se, ao acaso,
Eu lembrar dela no canto do quarto
Ou no meio de uma multidão.

Sou uma cópia fielmente contrária
A tudo que um dia sonhei ser
Os dias vazios e as noites solitárias
Estão pertos de me vencer.

Saudade, só isso deu pra sentir,
Quando eu lhe vi sorrir
E o pássaro, que cantarolava,
Me fez ter vontade de voltar a dormir.

Já era tarde para acordar
Não só do sonho, mas na vida real
E eu, que havia esquecido quem amava,
Caí, outra vez, no velho amor normal.

Virei uma cópia fielmente contrária
A tudo que um dia sonhei
Os dias vazios e as noites solitárias
Me mostram tudo o que eu já sei:

Estou perto de ser vencido
Por um amor que já se perdeu
Se, por acaso, ela estiver viva
Queria dizer que o amor não morreu.

Não pra mim.

domingo, 22 de abril de 2012

Entre Tramandaí e Pinhal

Eu não vejo vocês há muito tempo
E o medo que eu sinto
É que houve esquecimento
Das palavras e dos nossos momentos
Tudo que me mantém vivo
E se houvesse compartilhamento...

Quem sabe eu faria uma visita
Entrelaçar as nossas vidas
Para ninguém nos separar
Há tempos eu estanco uma ferida
E, eu sei, só há saída
Se o tempo puder voltar.

Nem que eu pegue o primeiro ônibus pro litoral
E reacenda as memórias, entre Tramandaí e Pinhal,
Dos tempos que ríamos nos blocos de carnaval...

Parece-me tão surreal.

Eu não vejo vocês há muito tempo
E a saudade que eu sinto
Não cabe dentro do peito.