segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vadia

É difícil apagar da memória
Diria que é impossível até
Quando a gente luta e quer
E a outra pessoa vai embora

Fica a saudade de cada momento
A certeza de que o pesadelo é real
Já estou até considerando normal
Essa vontade de voltar no tempo

Mas não me importarei, vadia
Se não lembrares de mim
Ao atravessar a nossa rua
Ou esqueceres meu nome
Na tua lista de grandes amores

Prometo disfarçar minha agonia
Com um sorriso falso ou algo assim
Mas saiba: minha saudade é toda tua
Fica vivo na memória de quem precisa
E o que fica na memória segue em vida

A saudade, aos poucos, se vai
As pessoas também se vão
E essa dor até me fortifica
Percebo que todo mundo cai
Mas não é lugar de ninguém o chão
Tudo passa, o que se quer e o que se evita...

Tudo passa, só o aprendizado fica.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Outra Canção

Dessa saudade eu sei
E aprendi que o amor 
É bem mais forte quando não
Temos presente aquele alguém
Que nos fortaleceu em tantos momentos

Fica a vontade, eu sei
Mas me despedi da dor
E hoje em dia o meu coração
Não bate por mais ninguém
Além de mim; e isso já faz tempo

Só deixei de ouvir rádio
Pois a nossa música pode tocar
A qualquer hora, em qualquer lugar 
Porque a maior banda do país é a Legião
E sempre será

Eu estive lá, mas não pude ficar 
Faz quase dois anos que não sinto o ar puro
Desde o dia que me despedi do futuro 
E, a partir de então, eu não sei lidar

Mas posso ligar o rádio, ouvir nossa canção
E aí o meu coração...

Bom, é melhor não ouvir rádio, não
Porque a nossa música pode tocar 
E, assim, mudar o tempo e o sorriso
A Legião sempre foi o meu abrigo
Mas, sinceramente, hoje prefiro escutar...

... outra canção.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Essa Eles Fizeram Pra Esquecer

se...
tu viesses
aqui,
seria
tão triste, 
mas,
ao mesmo tempo,
tão bonito...
faríamos
a vida ter sentido.

se... 
tu provasses 
aqui,
guria,
que existes
na paz
de um momento
infinito
trocaríamos
o silêncio por um grito.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Vezenquando

          Tempos atrás eu estava por aí, tu estavas ao lado meu e a gente brincava. Tu sorrias pra mim e eu retribuía com um beijo na testa, um toque na tua mão e um cafuné. Tu mal conseguias ficar de pé, lembra? Eu te pegava com todo cuidado, com todo afago e te dizia pra confiar em mim, porque eu jamais te deixaria cair. Ou, se caísses, eu logo te levantaria. E vice-versa. Sempre foi assim!


‘O teu sorriso era tudo o que eu queria
E nas melhores noites a gente nem dormia
Tu sempre estavas por aqui
Ah, mas que saudade de ti,
Guria.’

         A gente sempre tinha o que falar; eu não era eu por completo, se tu não estivesses no mesmo lugar. Mas sabe quando o sol desaparece e a gente tenta, em vão, se aquecer com a chuva? Pois bem, nenhum amor desses ligeiros e passageiros, como a água que cai do céu, conseguiu apagar as marcas do clarão que tenho todas as noites, ao colocar a cabeça no travesseiro. É a marca do teu sol em mim e que nunca se apagará.

        
‘Eu viro novamente escravo de um drama
Quando sinto teu cheiro na minha cama
E, vezenquando, tudo parece bem
Até eu lembrar que sou um alguém
Que perdeu quem ama.

         E a gente disse adeus. Eu disse que não adiantava mais, que meu coração era teu – e ainda é –, mas que não dava pra viver daquele jeito. De tanto se procurar, acho que a gente acabou perdendo alguma coisa que fazia tudo aquilo ter sentido... ou a gente somente entendeu que não existe essa coisa de ‘ser um só’, que na vida é cada um por si. Mas, ao contrário do que pensei, longe do ‘nós’ fui eu quem caí. E ainda não levantei.


‘O castelo que a gente construiu
E todas as vezes que a sorte nos sorriu
Tudo caiu, sem exceção
E ficou aqui a apreensão
De quem desistiu.’

        
         O teu adeus eu já escrevi, já te dei e já te vi chorar... este é o adeus dos meus sonhos, de um ciclo da minha vida. Essa é a despedida do que eu era. Existem outras bilhões de almas na Terra, talvez uma delas possa me curar. É a paz que, por enquanto, não encontro em nenhum lugar.

‘Eu sangro em versos pela tua ida
Por isso escrevi num texto minha despedida
Pra lembrar de algo bom, algo foi...
Por hora, ficamos pra depois

Ou pra nunca mais
Agora, tanto faz.’

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Homem Ao Mar

O tal do horizonte infinito segue igual
Três anos depois da última vez que o vi
E, pra mim, já está ficando até normal
Perceber que eu finalmente aprendi:
O nosso adeus nunca é um ponto final.

É que, toda vez que te reencontro,
A vida se renova e, mesmo em frente,
Há algo que ainda me prende um pouco
Talvez seja esse o meu único "para sempre"
Estar diariamente vivendo neste sufoco.

E olha como o destino é cruel e irônico
Nós nos vemos pouco e não mais te conheço
Mas eu sei de cor todas as tuas fraquezas...

Pois meu coração ainda segue atônito
Às vezes, acho que não és tudo que penso
E no resto do tempo eu tenho certeza.

E fica pra outra vida sermos um só
Fica pra outro dia conseguir respirar
Eu sei que agora sou uma pessoa melhor
Eu me tornei homem... ao mar.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pequena Em Latim

          Sabe aquele negócio de não ver a pessoa, mas ter a segurança de saber onde ela está? Pois é, era mais ou menos isso que eu sentia quando eu pensava em ti. Eu tinha a certeza de, toda vez que eu sentisse a tua falta ou eu achasse que algo em ti estava estranho, poder ir ao teu encontro, te ver, te tocar, falar contigo e ter a sensação de que estava tudo bem ou, às vezes, mesmo sem essa sensação, ao menos poder saber que tu estás viva...

          Só que, a partir de agora, eu não tenho como te procurar quando eu achar que tu estás com algum problema, quando eu sentir tua falta ou quando qualquer coisa de ruim passar pela minha cabeça sobre ti. E fica a sensação de que a tua partida é a partida do capítulo mais bonito e intenso da minha vida, apesar de tudo que possa ter dado errado.

          E eu queria que tu entendesses que sempre vais ser a minha pequena, que na data do nosso "aniversário" eu vou abrir essa porra de blog pra ler "Hoje", que todo o 10 de dezembro eu vou olhar pra baqueta que eu ganhei no show da Tópaz no Gensa e vou lembrar que eu estava com ela quando te pedi em namoro. De alguma forma, eu vou andar contigo, nem que seja no pensamento. Tu sempre estarás no meu coração. 

          Eu sei que talvez a gente nunca mais se veja na vida, que agora tu vais construir tua vida e correr atrás dos teus sonhos justamente no lugar que eu tanto quero morar daqui alguns anos. E sei também que eu devo fazer o meu caminho daqui.

          Porque, sei lá, vá que a sorte ouse sorrir pra mim, vá que nossos caminhos tão apostos se cruzem novamente dia desses... eu fico aqui, hoje e sempre, com as melhores lembrança tuas. 
          

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

¡Adiós! (A Despedida do Meu Inferno Astral)

Eu lembro, fui pra praia com um amigo meu,
Planejamos tudo já em dezembro
E fevereiro chegava sorrindo pra mim,
Ah, se eu soubesse antes o que ficaria desse vai e vem...

Até hoje eu vivo me perguntando, ó Deus,
Por que o amor chegou tão certeiro,
Se a incerteza é a única certeza, no fim?
Nem nos conhecemos mais, meu bem...

Tive medo de te contar tudo e nada adiantar,
Medo de oferecer meu mundo e te ver recusar
E sei que farias isso por medo de errar, por não confiar
Por não querer ter um novo vício para sustentar.

E, enfim, eu sustentei desde aquele verão,
Um sonho só meu, ninguém poderia me ajudar,
Ninguém poderia conquistá-lo pra mim
E, com o tempo, percebi que nem eu era capaz...

E, assim, eu fui esvaziando o meu coração
No refrão que escrevi, tu até ousas desafinar
E a única coisa que tenho a dizer, no fim,
É que, sinceramente, agora tanto faz...

Esse meu adeus pode parecer com os outros, mas só parece
Entendi que é na dificuldade que a gente cresce,
Que a gente aprende em quem pode confiar.

Um dia, eu vou me satisfazer com o que é meu
E, se eu pudesse te dar um conselho, seria: me esquece
E em hipótese alguma ouse lembrar...

... é que eu não sou de voltar atrás. Adeus!