sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Página Catorze.

Cuidar não somente das tragédias presentes
Mas também precaver-se das futuras
Que é para poupar a nossa gente
De outros goles de amargura

E, enfim, respeitar as outras vertentes
Como se elas fossem a sua
Para que se possa, de repente,
Aprender tanto em casa quanto na rua

Queimem as bandeiras e os valores
Nós, por sermos mortais, somos todos iguais
Que a cegueira dos olhos não esteja com os senhores

E que em hipótese alguma cometamos o erro
De considerar outros humanos anormais
Por julgá-los a partir de nós mesmos

2 comentários:

  1. Muito bom, Marcel! Está com o teu lado visceral apurado. Agora, um soneto? Acho que se tua poesia é libertária, poderia se libertar de formas tradicionais ou adquirir formas livres! Fica a sugestão! As rimas ABAB também travam o ritmo e tornam a sonoridade um pouco previsível. Cara, te liberta! A poesia não é só forma: é forma, sentimento e LIBERDADE - em todos os sentidos!

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  2. Opa, quem bom te ver por aqui, Romulo! O Soneto é uma pequena influência da primeira obra do Mário Quintana, apenas. Não costumo usá-lo. Sobre rimas, também prefiro algo que pareça menos forçado, mesmo achando que essa forma de rima e a forma de soneto dão um melhor suporte pra o que eu quis dizer, até porque, além do Quintana, esses versos têm influência de Antropologia e do Maquiavel. Obrigado pelo elogio e pelo comentário, apareça mais vezes! Abraços.

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