quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cais

Hoje; os ventos chegaram mais cedo
Expulsaram, enfim, a chuva e, sim,
A partir de agora, tudo se modifica
Sem nenhuma previsão de volta

Que os ventos arrastem o meu medo
E que distanciem o mau tempo de mim
Os meus sonhos ninguém limita
E meu dever é viver sem sentir falta

Os ventos, esses sem sentido,
Estão me dando a certeza
De que aqui não é o meu lugar
E que digam coisas boas no seu ouvido
Pois a minha maior fraqueza
É o adeus que eu não pude dar

E a vida de cada um é responsabilidade
De quem ousa sustentar o seu corpo,
Sua alma, seu coração, seus pensamentos...
Sem distinção, pois somos todos iguais

E aprender que faz parte ter saudade
Passar por qualquer tipo de sufoco
Mas nada fica imóvel, quando os ventos
Chegam à cidade, a partir dos cais

E que sentido eles poderiam ter
Se não fossem mudar o panorama
Levar algo e trazer outro no lugar?
E, nessa indecisão, se aprender a viver
Com choro, sorriso, tragédia, drama...
E sempre alguém para amar

No fim, os ventos nos levam onde devemos ficar.


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