segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cidreira

E era tão bom, mês de fevereiro,
A gente esperava um ano inteiro
Pra ter quase vinte dias de paz
Ou, quem sabe, um pouco mais

Lembro do som que esquentava
Quando a noite fria me abraçava
Era a viola do meu avô, baita senhor,
Que saudade, quanto amor...

E será que Cidreira mudou seu jeito?
Ou será que ela continua igual?
Eu nunca esqueço daquele centro
Abarrotado em noites de carnaval

E, nos dias ruins, era a nossa salvação
Fugir para a Praia das Cabras
Ou, às vezes, ir até o Farol da Solidão
Pescar, tirar uns mariscos e voltar...

Sempre com a viola na mão
Às vezes, com muitos quilos de peixe
E, outras, só com histórias pra contar...

Será que ainda existe tudo que eu deixei por lá?

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