domingo, 25 de agosto de 2013

Escuridão

Teus olhos vermelhos
De maconha ou de choro
E a tua pele tão clara
Contrastando com a escuridão
Do teu interior

Tua cara encarando o espelho
Um pedido desesperado de socorro
Uma alma tão rara
Compartilhando a solidão
Apenas com teu rancor

E havias entrado nesse mundo
Apenas para esperar o dia
Que a gente demonstraria
Todo o amor que sente
Com a mesma facilidade
Que expressa o odiar

Mas, nem que seja por um segundo,
Quando o amor nos faz doer
É uma justificativa pra esquecer
E se percebe a falta de um corpo quente
Nesses dias de chuva e saudade...

... pois é, pequena, a gente não soube se entregar. 

Eu também me encarei no espelho
E a minha alma, antes tão rara, 
Percebe pelas cicatrizes na minha cara
Que são as drogas e o choro...

... quem constituem o vermelho do meu olho. 

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