domingo, 1 de setembro de 2013

Sacrifício

Vai, trova a tua trova
Arrota alto pra inflamar o ego
Mas tu não és mais tão nova
Devia saber que não sou cego

Vai, reclama 
Diz que me ama
E depois some da minha vida

Vai, fala alto aí
Diz que vai ser feliz 
Sem minha companhia

E aí tu vens me perguntar:
“Vem cá, o que eu te fiz?” 
Seguinte, fez exatamente
O que pediu pra eu não fazer

O erro dos outros é fácil enxergar
Enxerga também essa cicatriz
Calo minha boca e sigo em frente
Não tenho mais nada pra dizer

Vai, diz que me ama 
E depois vai pra cama
Com um outro alguém

Vai, eu já fui também
Pensa que me engana? 
Tu não me enganas, meu bem

Eu sei exatamente quem tu és
Quem me engana sou eu mesmo...
... e o que me cega é esse medo.

Medo de morrer só 
Mesmo sabendo que seria melhor
Do que ter a tua falsa companhia 
Arruinando e arrastando os meus dias

Tudo está perto do fim
E olha que nem começamos 
Nós nem nos entregamos 
Acho até que nunca gostaste de mim...

... eu era apenas quem preenchia o lugar 
Daquele outro alguém que um dia te deixou pra trás
Mas eu não vou mais. 

Algumas pessoas não valem o sacrifício.

É isso.

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