sábado, 26 de maio de 2012

Não Vá Se Entregar

Eu já tatuei o meu nome no inferno,
Se o inferno for como dizem ser
Esperando por momentos sinceros,
Inventei falsas histórias pra me prender...

E que ninguém diga que eu parti sozinho
Lá, perto da onde eu passarei a viver,
Terei convicção de ter trilhado meu caminho,
Se é que há vida depois de morrer...

E daí que só agora eu resolvi mudar?
Quem é que vai me rotular e me julgar?
Eu pago as minhas contas e de tanto errar
Sobrou-me só um caminho pra trilhar...

E daí que hoje em dia eu não tento me salvar?
Eu nunca fui de deixar os meus planos pra lá
E, quando tiver medo, tentarei me levantar
E acelerar o tempo, como forma de curar...

Eu já troquei meu mundo por outro qualquer
E, no fim de tudo, veja o que aconteceu
Enquanto eu chorava e suplicava por fé
A sombra de um rosto, aos poucos, desapareceu...

E que ninguém diga se mereci ou não
De concreto, há pouco que se possa confiar,
O sol me cativa menos que a escuridão
Eu já escolhi a trilha e não posso mudar...

E é por isso que eu digo: “Não vá se entregar”
A vida e a morte são só trocas de lugar
Eu sei que muitos vivem para tentar se salvar
Mas eu não sou assim, eu quero histórias pra contar.

E é por isso que eu repito: “Não vá se entregar”
A vida e a morte eu já cansei de amargurar
Eu sei que muitos morrem de tentar se salvar
Mas o que é a vida, senão a morte em outro lugar?

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