Pó

Eu tentei...
No fim da festa, eu te procurei
Corria o risco de me esforçar em vão
E foi exatamente o que aconteceu

Eu sei...
Como é a dor de esperar quem não vem
Mas, sem querer, em uma distração
Tentei ter de volta o que nunca foi meu

Afinal, somos donos de nós mesmos
E de mais ninguém

Mas tu olhaste pra mim
Tu lembraste, eu sei
Do tempo que o amor
Era pra nós também

Afinal, éramos donos de nós dois
Éramos um só...
... viramos pó.

Mas tu fingiste não ver
Obstruíste tua própria visão
E, assim, não pudeste perceber
O que gritava meu coração

Ele suplicava por um perdão
Ele tentava te fazer crer
Que existe amor enquanto há saudade

Mas o que ele queria, mesmo, era te deixar um lição:
De tanto fingir não ver
A gente acaba ficando cego de verdade.