sexta-feira, 15 de julho de 2011

Uma Alma Armada

Na calada da noite,
Onde as estrelas vivem
E atormentam os meus sentidos,
Eu sinto o estranho gosto
De olhar para trás
E ver a noite sem as estrelas.

Na hora da dor,
Quando todos ficam fora
Do meu coração partido,
Eu vejo o quão tosco
É tentar viver em paz
Neste mundo de problemas.

No amanhecer de cada dia,
Cada vez mais cinza,
Mais triste, sem vida,
Eu entendo o pensar oposto
Dessas pessoas normais,
Mas acho que não vale a pena.

Eu quero viver num mundo
Longe dessa gente como eu,
Que ouço minha mãe cantar do céu
Trazendo a esperança em ficar
E a vontade de partir
Para perto dela, para longe de ti.

Quero morrer com orgulho de meu pai
Estampado nas lições que me deu
Quero meus olhos cheios de sangue
Transformados em diamantes
E vendidos a um preço estabelecido
Como um caráter perdido.

Não posso sucumbir à pressão
Eu sei que amanhã será igual
Dentro de cada alma amaldiçoada
Mas tenho certeza de um dia melhor
Quando acabar a minha jornada
Eu conheço minhas páginas viradas.

E dedico meus versos a uma só pessoa,
Capaz de me levar do céu ao inferno
Isso vai mudar, eu pelo menos espero,
Que, quando a chuva passar,
Eu não precise lutar contra ninguém
Mas, caso necessário, eu tenho alma armada

De dor, tristezas e decepções.

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