quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Tempestade

Nessas noites vazias em que me encontro
A minha solidão me faz chegar num ponto
Onde os trovões transformam-se nos únicos sons
Que conseguem me acalmar e me entender um pouco.

E mesmo sabendo que, ao fim de cada tempestade,
O sol volta a iluminar e trazer luz à cidade
Eu peco por não acreditar que meus sonhos bons
Podem, um dia, se tornar realidade
Talvez me falte coragem...

Eu deixo com o vento, pois ele sabe a hora
De te trazer pra cá ou te levar embora
Eu apenas tento administrar esta maldição
Que é não ter a tua presença agora...

E é por isso que a tempestade vem me alegrar
Não me deixa dormir e, por consequência, sonhar
E, assim, longe desse mar de ilusão, desse sonho vão,
Eu jamais conseguirei te encontrar...
Eu sinto que não és meu ar.

E espero que o vento
Possa me trazer mais adiante
Um outro alguém
Pra me salvar.