quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Alucinação

Não sei se vales o que penso,
Não sei se vales o que comes
Mas eu nem ligo para o preço
Eu só quero, antes do começo,
Saber qual é o teu nome.

Não sei se valho o que digo
Não sei se o que digo é verdade
Pro pensamento alheio não ligo
Eu já andei correndo perigo
Nadando num mar de saudade.

Mas amanhã é segunda-feira
E a rotina segue igual
Seja com trabalho,
Ou recesso para o carnaval
E eu passo a noite inteira
Ganhando o meu dinheiro
Jogando, com meu baralho,
Nas regras que só eu conheço.

Não sei se vives como penso,
Não sei se pensas como viver
Querias não estar suspensa
Num mundo que te deixa tensa
Onde só trabalhas pra sobreviver.

Não sei se eu sou um herói
Não sei se sou um vilão
Aprendi que, o que se constrói,
Se não cuidar, corrói
E muda toda a situação.

Mas chega desta alucinação
Para a pouca droga que temos
Aprenda a se conformar
Com o mundo e seus erros
Tira a tua própria conclusão
Do futuro que deixa de acontecer
Quando tu olhas para trás
E, em vão, tenta esquecer.

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